pbaqi - Publicado em: 06/08/2025 09:01

Tarifaço de Trump: taxas de 50% contra o Brasil entram em vigor

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O ‘tarifaço’ ÂŽprevĂȘ uma longa lista de exceçÔes como suco de laranja, aeronaves civis, petrĂłleo, veĂ­culos e peças, fertilizantes e produtos energĂ©ticos.

Entram em vigor nesta quarta-feira (6) as tarifas de importação de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quarta-feira (30) um decreto que impĂ”e uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. A medida, no entanto, prevĂȘ uma longa lista de exceçÔes como suco de laranja, aeronaves civis, petrĂłleo, veĂ­culos e peças, fertilizantes e produtos energĂ©ticos.

Segundo a Casa Branca, o decreto foi adotado em resposta a açÔes do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinĂĄria Ă  segurança nacional, Ă  polĂ­tica externa e Ă  economia dos EUA”.

O anĂșncio oficializou o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada a Lula neste mĂȘs e afirma que a ordem executiva foi motivada por açÔes que â€œprejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de expressĂŁo de cidadĂŁos americanos”, alĂ©m de afetar a polĂ­tica externa e a economia do paĂ­s.

A Casa Branca cita “perseguição polĂ­tica, intimidação, assĂ©dio, censura e processos judiciais” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, classificando essas açÔes como “graves abusos de direitos humanos” e um enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Ă© citado no texto como responsĂĄvel por â€œameaçar, perseguir e intimidar milhares de seus opositores polĂ­ticos, proteger aliados corruptos e suprimir dissidĂȘncias, frequentemente em coordenação com outros membros do STF”.

“Quando empresas americanas se recusaram a cumprir essas ordens, ele impĂŽs multas substanciais, ordenou a exclusĂŁo dessas empresas do mercado de redes sociais no Brasil, ameaçou seus executivos com processos criminais e, em um caso, congelou os ativos de uma empresa americana no Brasil para forçar o cumprimento”, diz o comunicado.

Além disso, a Casa Branca também cita o caso do blogueiro Paulo Figueiredo, residente nos EUA e alvo de processo criminal no Brasil por declaraçÔes feitas em território americano, como exemplo de violação à liberdade de expressão.

“O presidente Trump estĂĄ defendendo empresas americanas contra extorsĂŁo, protegendo cidadĂŁos americanos contra perseguição polĂ­tica, salvaguardando a liberdade de expressĂŁo americana contra censura e protegendo a economia americana de ser sujeita a decretos arbitrĂĄrios de um juiz estrangeiro tirĂąnico”, afirma a Casa Branca.

AlĂ©m das tarifas, o comunicado justifica o bloqueio de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal, por serem considerados responsĂĄveis por â€œcensurar a liberdade de expressĂŁo protegida nos EUA”.

No dia 18, os EUA revogaram os vistos americanos dos ministros Alexandre de Moraes, Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, CĂĄrmen LĂșcia e Gilmar Mendes.

O procurador-geral da RepĂșblica, Paulo Gonet, tambĂ©m foi sancionado. Ficaram fora da lista os ministros AndrĂ© Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux.

Segundo a Casa Branca, preservar e proteger os direitos de liberdade de expressĂŁo de todos os americanos e defender empresas americanas contra “censura forçada” continuarĂĄ sendo prioridade na estratĂ©gia de polĂ­tica externa de Trump.

“O presidente Trump ordenou ao secretĂĄrio Rubio que revogasse os vistos pertencentes ao ministro Moraes, seus aliados no Tribunal e seus familiares imediatos por seu papel em permitir as violaçÔes de direitos humanos contra brasileiros e violaçÔes de liberdade de expressĂŁo contra americanos”, diz o texto.

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