notpb - Publicado em: 17/09/2025 08:24

Em 40 anos, Amazônia perde área de floresta do tamanho da França

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A Amazônia perdeu 52 milhões de hectares de vegetação nativa entre 1985 e 2024, o equivalente ao território da França. Os dados são do MapBiomas, divulgados nesta segunda-feira (15). O levantamento mostra que a floresta já perdeu 18,7% da cobertura original, dos quais 15,3% foram ocupados por atividades humanas.


Segundo os pesquisadores, a destruição coloca o bioma perto do chamado “ponto de não retorno”, estimado entre 20% e 25% de perda da floresta. Se ultrapassado, a Amazônia pode não conseguir mais se regenerar.


O avanço da ocupação ocorreu principalmente pela pecuária, agricultura, silvicultura e mineração.

  • Pastagens: passaram de 12,3 milhões de hectares em 1985 para 56,1 milhões em 2024.

  • Agricultura: saltou de 180 mil hectares para 7,9 milhões, um aumento de 44 vezes.

  • Silvicultura: cresceu 110 vezes, de 3,2 mil para 352 mil hectares.

  • Mineração: expandiu de 26 mil para 444 mil hectares.

  • A soja responde por 74,4% da agricultura na Amazônia, com 5,9 milhões de hectares cultivados em 2024. Grande parte desse avanço ocorreu após a Moratória da Soja de 2008, acordo que proíbe a compra de grãos produzidos em áreas desmatadas.

    De 2008 a 2024, a soja expandiu em 4,3 milhões de hectares. Embora 3,8 milhões tenham avançado sobre áreas já convertidas, cerca de 769 mil hectares foram desmatados diretamente para o cultivo.

  • A floresta foi o tipo de vegetação mais suprimido: 49,1 milhões de hectares, quase 95% da perda registrada. Essa devastação já causa efeitos perceptíveis:

    • Redução de áreas úmidas: retração de 2,6 milhões de hectares em superfícies cobertas por água.

    • Secas mais intensas: oito dos dez anos mais secos ocorreram na última década.

    • Apesar do cenário crítico, o estudo aponta sinais de recuperação. Em 2024, 2% da vegetação da Amazônia corresponde a áreas em regeneração — 6,9 milhões de hectares. No entanto, o desmatamento segue mais forte sobre vegetação primária: 88% das áreas desmatadas no último ano estavam intactas antes da derrubada

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